Casamento e comunicação: por que brigamos por coisas pequenas?
- psicologomaiconoli
- 29 de jul.
- 2 min de leitura

Você já se pegou discutindo com seu parceiro ou parceira por algo aparentemente bobo -
como a louça na pia, o tom de voz ou o que assistir na TV? E depois ficou pensando:“Será que isso tudo foi mesmo só por causa disso?”
Na verdade, raramente brigamos pelo que parece estar na superfície. Pequenas discussões muitas vezes escondem questões mais profundas e não ditas, acumuladas ao longo do tempo.
O que está por trás das “pequenas” brigas?
Na abordagem sistêmica, entendemos que os conflitos em um relacionamento não acontecem no vazio. Eles fazem parte de um contexto relacional mais amplo, que envolve:
Histórias familiares de ambos (como vimos o amor ser demonstrado ou o conflito ser resolvido)
Papéis inconscientes assumidos na relação (quem cuida, quem cede, quem exige)
Crenças e expectativas silenciosas (“Ele/ela deveria saber que eu esperava isso”)
Falta de espaço para conversas reais (o casal só fala de logística, não de sentimentos)
Por que acumulamos?
Porque muitas vezes evitamos o conflito direto, por medo de magoar, perder o outro ou parecer “frágeis”. Mas o que não é dito vai se acumulando… e explode em uma discussão por algo pequeno.
Exemplo: a briga pelo controle remoto pode ser, na verdade, sobre sentir-se ignorado, não valorizado ou cansado de ceder sempre.
E como melhorar a comunicação?
Desvie o foco do “quem está certo” para o “o que estamos sentindo”
Use frases que falem de você: “Quando isso acontece, eu me sinto…”
Não espere acumular. Fale enquanto ainda é pequeno.
Lembre-se: vocês estão no mesmo time. O problema está entre vocês, não um contra o outro.
Quando procurar ajuda?
Se os conflitos estão se repetindo, desgastando o vínculo ou levando ao distanciamento, a terapia de casal pode ajudar muito. A abordagem sistêmica oferece um espaço para entender o padrão relacional, identificar o que cada um está trazendo da própria história e construir novas formas de se comunicar.
Casais felizes também têm conflitos - a diferença está em como eles lidam com eles.
Se você se identificou com esse tema e sente que algo pode melhorar no seu relacionamento, talvez seja hora de olhar para isso com mais cuidado.
A psicoterapia pode ser um ótimo caminho.
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